Autor: Edson Amorim
Minhas mãos cansadas e trêmulas
Frágeis, débeis e marcadas
São como almas gêmeas
E muito bem orquestradas
Hoje enrrugadas e macias
Outrora estiveram calejadas !
Mãos que embalaram filhos
Quando eu os fazia nanar
Hoje com o corpo cansado
Bondosas me ajudam à apoiar
E quando deitado estou
Ajudam-me a levantar !
Mãos que limpam meu corpo
E ajudam-me na refeição
Roupas em mim vestem
E sinalizam sim ou não
Enxugam minhas lágrimas
E labutam pelo pão !
Mãos que em dinheiro pegaram
Mas aquele honesto e suado
Vezes um bom dinheiro
Vezes só uns trocados
E pela minha honestidade
Estas me fizeram honrrado !
Mãos que vezes aplaudiram
Outras vezes protestaram
Por injustiças presenciadas
Em situações que marcaram
Mas nunca roubaram ninguém
E a nenhuma vida tiraram !!
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